Sob o nome de “Llámame Paula” (Me chamo Paula), o romance denuncia a intolerância para com as pessoas de diversidade sexual no sistema de ensino da Andaluzia. Segundo a autora, a ideia surgiu depois de ler a notícia de uma menina trans, que não foi autorizada a frequentar a escola, pois usou roupas consideradas “culturalmente impróprias” ao gênero com o qual não se identificava.
Segundo o site Desastre, Rodriguez (foto ao lado) começou a investigar e percebeu que não havia literatura com informações, muito menos um livro que fosse estrelado por uma pessoa trans; por esta razão ela achou que era necessário fazer um texto que "servisse como material educativo, para quebrar as paredes da discriminação."
Com essa preocupação, Concepción começou a escrever seu livro, que é considerado o primeiro romance adulto jovem estrelado por uma trans menor de idade.
A história narra a vida de Paula, que ao nascer foi determinado de acordo com o sexo masculino; no entanto, com a idade de oito anos, e depois que seu pai morreu, ela começa a descobrir a sua verdadeira identidade de gênero, o que a leva a passar por grandes momentos de hostilidade na vida.
Antes de sua publicação, o romance foi rejeitado por um editor da Andaluzia, mas o projeto foi retomado pela editora Bellaterra. O prólogo foi feito por Mar Cambrollé, presidente da Associação dos Transexuais da Andaluzia, uma organização que apoiou a autora para saber sobre a realidade que as pessoas trans vivem e evitar que elas caiam na descrição de estereótipos e clichês.
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Fotos: Divulgação
Fonte: Desastre