Foto: Divulgação |
Em cena Alice, uma mulher solitária, apoiada no cigarro, dialoga com o público sobre suas escolhas, reverberando em temas como o amor, a falta, a solidão e a procura.
Interpretado por Lima, a peça tem uma proposta crua, realista, e o público adentra o quarto da personagem, para juntos vivenciarem o drama daquela mulher.
A peça é também a possibilidade de se propor um outro olhar para a literatura do autor falecido em 1996. A base estrutural da adaptação final, realizada pelo ator, foi o conto “Dama da Noite”, publicado originalmente no livro “Os dragões não conhecem o paraíso” em 1988 e merecedor do Prêmio Jabuti do referido ano. Para Caio, o livro e os textos contidos nele são histórias que giram sempre em torno do mesmo tema, o amor. O amor é suas consequências, como sexo, abandono, morte, alegria, memória, medo e loucura. Réquiem para um rapaz triste, resvala de certa forma nessas temáticas.
Histórico
Réquiem para um rapaz triste surgiu no final de 2002, em ensaios abertos no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, no “Projeto Harmonia na Diversidade”, organizado na época pela Cia. São Jorge de Variedades; passou pela 12° edição do Fringe - Festival de Curitiba em 2003, como uma crítica positiva de Sérgio Salvia Coelho (Folha de São Paulo) e estreou oficialmente em 2004, no extinto Espaço Oficina, localizado no bairro da Santa Cecilia.
Desde então, a peça foi apresentada todos os anos e já passou por algumas localidades no estado de São Paulo (Assis, Araçatuba, Campinas, São José dos Campos, São José Rio Preto, Santo André, Mogi das Cruzes, Presidente Prudente, Santos, Santana do Parnaíba e diversos espaço na capital paulista), além dos estados: Paraná (Curitiba, Maringá), Pernambuco (Recife, Garanhuns), Rio Grande do Sul (Porto Alegre), Bahia (Salvador, Alagoinhas, Santo Amaro da Purificação, Porto Seguro) Ceará (Fortaleza), Rio Grande do Norte (Natal) e Rio de Janeiro. Seja em festivais, mostras, apresentações privadas, temporadas e ou simpósios sobre a vida do autor Caio Fernando Abreu.
É a primeira vez que a peça entra em cartaz no Rio de Janeiro, embora já tenha passado pela cidade em duas ocasiões especificas: em 2012, para três apresentações durante uma ocupação artística no Art Hostel Rio (dias 02,03 e 04/11) e em 2017 estava programada para integrar a programação do mês da Diversidade Sexual em outubro, no Castelinho do Flamengo, que foi interditado. O trabalho foi acolhido pelo Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, em Santa Tereza, no dia 15/10.
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Ficha Técnica
Inspirado nas personagens femininas de Caio Fernando Abreu
Adaptação, Interpretação e Direção: Rodolfo Lima
Figurino e ambientação cênica: Teatro do Indivíduo
Vídeo: Dedeco Macedo
Fotos: Edu Fortes, André Stefano, Elói Corrêa e Carlos Valle
Design Gráfico: Betinho Neto
www.escritossobreaausencia.wordpress.com
www.facebook.com/alice.alice.73594
youtube: Rodolfo Lima
+ Informações teatrodoindividuo@gmail.com ou (11)97497-4207
Serviço
Réquiem para um rapaz triste
De 06 a 29 de julho de 2018
Sextas, sábados e domingos as 19h
40 lugares
60 minutos
16 anos
Ingressos: R$30 (Inteira) e R$15 (meia)
Sala Municipal Baden Powell
– Sala Espelho
Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360/ 5° andar
(21) 2547-9147 / 98675-4227
Foto: Divulgação |
Rodolfo Lima é ator, diretor de teatro, jornalista e Mestre em Divulgação Cientifica e Cultural pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e pesquisa atualmente a relação entre teatro e gays para sua tese de doutorado. Como ator e diretor de teatro trabalha com a literatura nacional e suas possibilidades em cena. Tem no seu currículo peças adaptadas da obra de Caio Fernando Abreu “Réquiem para um rapaz triste” (2003) “Todas as horas do Fim” (2004), “Epifanias” (2009), “Epifanias 2” (2010), “Cerimônia do Adeus” (2013) e “Os dragões não conhecem o paraíso” (2016). Além da produção do evento: Mostra Cênica Caio F. (1° e 2° edição – 2009 e 2016); e a participação nos eventos “Outros Contextos” (2009) – e Mostra de Artes do SESC (2010) para expor a vida e obra do autor, ambos no SESC Consolação. Também no currículo de Lima e consequentemente do seu
Teatro do Indivíduo temos as peças: “Bicha Oca” (2009) e “Desamador” (2013), respectivamente trabalhos baseados na literatura dos autores Marcelino Freire e Fabricio Carpinejar. Em janeiro de 2015 realizou o evento “Em Busca de Um Teatro Gay” (2015) com ciclo de debates, apresentações teatrais e exposição que mapeia a produção gay da cidade de São Paulo na primeira década do século XXI. Seus trabalhos foram apresentados em diversos locais na capital e cidades do estado de São Paulo, além de PR, RS, RN, CE, BA, RJ e PE.