De volta a São Paulo, a partir de 18 de Maio, em curta temporada no Teatro Shop. Frei Caneca
Com canções inéditas de Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, encenação de Luiz Carlos Vasconcelos e texto de Bráulio Tavares, o musical traz a Barca dos Corações Partidos no elenco e festeja 21 prêmios, além uma série de indicações, e mais de 52 mil espectadores.
VENCEDOR DO PRÊMIO APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte): Melhor Espetáculo
VENCEDOR DO PRÊMIO REVERÊNCIA DE TEATRO MUSICAL: Categoria Especial - Elenco da Cia. Barca dos Corações Partidos por ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’ e ‘Auê’
VENCEDOR DO PRÊMIO CESGRANRIO nas categorias Melhor Espetáculo, Direção Musical (Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho), Figurino (Kika Lopes e Heloísa Stockler) e Ator em Musical (Adrén Alves).
VENCEDOR DO PRÊMIO BOTEQUIM CULTURAL nas categorias Melhor Espetáculo, Direção (Luiz Carlos Vasconcelos), Autor (Braulio Tavares), Ator (Ádren Alves), Direção Musical e Figurino.
VENCEDOR DO PRÊMIO SHELL nas categorias Melhor Música (Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho), Figurino (Kika Lopes e Heloísa Stocker) e Melhor Autor (Braulio Tavares).
MELHOR ESPETÁCULO pelo júri do Guia da Folha de S. Paulo
VENCEDOR DO PRÊMIO APTR nas categorias Autor, Figurino, Música e Ator Coadjuvante (Fábio Enriquez).
"Suassuna – O Auto do Reino do Sol" traz na essência uma série de características de seu homenageado. Ariano Suassuna (1927- 2014) – que teria completado 90 anos em junho de 2017 – defendeu incansavelmente a brasilidade e a valorização da cultura nacional, ao mesclar a arte popular e o universo erudito em todas as suas obras.
Através do patrocínio da REDE e Ministério da Cultura, o espetáculo realizará sua segunda temporada no Rio e São Paulo. Idealizadora deste tributo ao escritor paraibano, a produtora Andrea Alves, da Sarau Agência, lançou o desafio para a Cia. Barca dos Corações Partidos e convidou três ilustres conterrâneos de Ariano para criar algo totalmente inédito, inspirado em seu legado e desenvolvido em um processo coletivo. Desta forma, nasceu o musical, que retorna a São Paulo a partir de 18 de maio no Teatro Shopping Frei Caneca, com canções inéditas de Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, encenação de Luiz Carlos Vasconcelos e texto de Braulio Tavares.
Em 2007, a Sarau Agência realizou uma grande programação para festejar os 80 anos de Ariano e, desde então, foi criado um vínculo do escritor com Andrea, responsável por todas as montagens da Barca dos Corações Partidos e por uma série de projetos que celebraram a arte brasileira nos últimos 25 anos. “Há algum tempo, Ariano me falou: ‘Não venha comemorar meus 85 anos, eu não vou morrer, quero que você festeje os meus 90!’. Naquele momento me senti condecorada e com uma grande missão pela frente”, conta a produtora.
A ideia inicial surgiu em conversas de Andrea com Ariano, que se confessava um palhaço frustrado e que elegeu o palhaço de O Auto da Compadecida como um dos seus personagens prediletos. “Assim, surgiu a ideia de uma grande homenagem ao palhaço de Ariano e pensei na reunião da Barca dos Corações Partidos com o que eu chamo de “trio paraibano”. Assim foi sendo criada esta peça inédita, com músicas e texto originais, mas totalmente inspirada no legado de Ariano”, resume Andrea.
A escolha de Ariano Suassuna foi também coerente com toda a trajetória da Barca dos Corações Partidos, fiel defensora de um repertório nacional e de um teatro que privilegia o intercâmbio de linguagens. Recentemente, o grupo arrebatou os principais prêmios da temporada (Prêmio APTR de Melhor Espetáculo, Música e Produção; Prêmio Shell de Direção para Duda Maia; Prêmio Cesgranrio de Direção, Direção Musical e Espetáculo; Prêmio Botequim Cultural de Melhor Espetáculo Musical, Direção, Autor, Ator (coletivo de atores), com Auê (2016), espetáculo construído apenas com músicas originais dos membros do grupo, responsáveis por utilizar no palco elementos de teatro, música, dança e performance. Com Suassuna – O Auto do Reino do Sol não foi diferente e a Barca alcançou recordes de indicações e troféus.
O grupo se formou no processo de Gonzagão – A Lenda (2012), celebração de outro ícone nordestino, Luiz Gonzaga, e logo em seguida reviveu um clássico de Chico Buarque (Ópera do Malandro, 2014), ambos com direção de João Falcão. A Cia. Barca dos Corações Partidos tem 4 espetáculos no repertório, 45 prêmios agraciados e um público de mais de 500 mil espectadores.
Chico César, Braulio Tavares e Luís Carlos Vasconcelos assistiram aos dois primeiros trabalhos e aceitaram na mesma hora o convite para se unir nesta nova empreitada. “Além de ser um espetáculo que homenageia os 90 anos de Ariano Suassuna, quero falar do meu fascínio com essa trupe. Sempre trabalho com meus atores, com o meu grupo. Sempre tive receio de pegar um trabalho de outra companhia, mas tudo se dissipou em nosso primeiro encontro. É fascinante observar todas as possibilidades que estes atores tem como músicos, cantores, atores e palhaços”, diz Luís Carlos, fundador do celebrado grupo Piollin e diretor de montagens emblemáticas, como Vau da Sarapalha, em repertório desde a estreia, em 1992.
O texto e as canções do musical foram produzidos ao longo do processo de ensaios, que começou ainda no ano passado, quando o elenco fez uma série de oficinas circenses e também excursionou pelo Nordeste brasileiro no que foi chamado de Circuito Ariano Suassuna. Guiados por Dantas Suassuna, filho de homenageado, a trupe esteve em Casa Forte (Recife), conheceu a famosa Pedra do Ingá e visitou a fazenda de Taperoá (Paraíba).
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Entre muitas palestras e oficinas, o grupo se preparou para o intenso processo criativo, em que se reuniram por oito horas diárias e apenas uma folga semanal nos últimos quatro meses.
Neste período, Braulio Tavares idealizou a história central da montagem, centrada em uma trupe de circo-teatro e nos acontecimentos de uma noite de apresentação do grupo. O picadeiro de um circo é o cenário perfeito para aparecerem personagens de Ariano, como João Grilo e Chicó (‘O Auto da Compadecida’) e outros conhecidos tipos da Literatura Clássica, além de servir como pano de fundo para as histórias dos integrantes da companhia fictícia.
O projeto sempre quis falar de Ariano sem, no entanto, apresentar um espetáculo biográfico ou mesmo uma adaptação de suas obras. “Quando entrei na história, já estava decidido que não seria um espetáculo Armorial e que teríamos a liberdade de subverter, de trazer o Ariano de outras formas. A criação foi toda impregnada de Ariano, de seus personagens e de seu universo”, relata Luís Carlos Vasconcelos, que trouxe toda a sua imensa bagagem como palhaço para o processo. “É uma homenagem ao Ariano palhaço. O público é guiado por uma espécie de Palhaço Mestre de Cerimônias, como era habitual em seu teatro”, diz.
A parte musical seguiu pelo mesmo caminho. Os textos poéticos e as letras das músicas usam as formas tradicionais de poesia popular que foram cultivadas por Ariano, como a sextilha, a décima, o martelo e o galope. Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, mostravam as melodias e algumas letras surgiam de improviso, outras cabiam exatamente em alguns trechos do texto. A maioria das letras ficou a cargo de Braulio Tavares, mas também tem canções de outros integrantes da companhia, como Adrén Alves e Renato Luciano. “Contaminação é a palavra que define todo este projeto. As melodias foram contaminadas pelas letras e vice-versa. Criamos algo novo, mas totalmente contaminado por Ariano”, analisa Chico, a quem o escritor chegou a dedicar um livro de poesias.
A REDE é parceira da Sarau desde 2013, com os espetáculos Gonzagão - A Lenda e Suassuna – O Auto do Reino do Sol. A experiência acumulada gerou um impacto tão grande na potência de criação e de realização da Sarau, que a consequência imediata foi o surgimento de uma cia teatral focada em musicais brasileiros, a Barca dos Corações Partidos. Um grupo que está completando cinco anos e soube utilizar a parceria da REDE para aprofundar uma pesquisa de linguagem e apresentar como resultante, projetos como o que estamos agora em cartaz - Suassuna – O Auto do Reino do Sol - que já acumula mais de 52 mil espectadores, valoração de mídia de 16 milhões, 60 indicações a prêmios e 21 premiações até agora. Juntos Sarau e REDE temos, portanto, uma grande história, com duas produções que se destacaram pela homenagem a grandes brasileiros, pela qualidade de sua realização e potência criativa.
Serviço
Suassuna – O Auto do Reino do Sol
Teatro Shopping Frei Caneca (600 lugares)
Rua Frei Caneca, 569 – 7º andar
Informações: (11) 3472-2229 e (11) 3472-2230
Bilheteria: Terça a domingo: das 13h até o início do espetáculo. No dia em que não houver espetáculo a bilheteria funciona até às 19h.
Vendas: (11) 4003-1212 / www.ingressorapido.com.br
Sexta e Sábado às 21h | Domingo às 19h
Ingressos: Sexta e Domingo: R$ 120 (Setor A) | R$ 50 (Setor B)
Sábado: R$ 150 (Setor A) | R$ 70 (Setor B)
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Gênero: Musical
Curta Temporada - De 18 de Maio a 01 de Julho
Ficha Técnica
Uma encenação de Luiz Carlos Vasconcelos
Texto Bráulio Tavares
Música Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho
Idealização e Direção de Produção Andrea Alves
Com Cia. Barca dos Corações Partidos: Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Beto Lemos, Fábio Enriquez, Eduardo Rios, Renato Luciano e Ricca Barros.
Atriz convidada Rebeca Jamir
Artistas convidados Chris Mourão e Pedro Aune
Cenografia Sérgio Marimba
Iluminação Renato Machado
Figurinos Kika Lopes e Heloisa Stockler
Design de som Gabriel D’Angelo
Assistente de direção Vanessa Garcia
Assessoria de Imprensa Morente Forte
Coordenação de Produção Leila Maria Moreno
Produção Executiva Rafael Lydio e Raphael Baêta
Este espetáculo é patrocinado pela REDE através da Lei Rouanet de incentivo à Cultura