Narrado com um estilo leve, muitas vezes regionalista e com detalhes minimalistas, o autor Roberto Blattes, em seu segundo livro, nos transporta para a cidade gaúcha de Santa Maria, da já longínqua década de 1970. Neste romance, percebemos que o livro não se trata de simples saudosismo de uma época.
Ao longo da leitura é possível retirar do título escolhido a ideia do ‘esquentar do sangue’ que percorrerá toda a obra.
O romance conta várias histórias, como a de Vera Lúcia, personagem que leva uma vida pacata até que, ao começar a trabalhar como empregada doméstica, conhece a televisão e fica fascinada pelas telenovelas, suas protagonistas e se apaixona pelo cantor popular Sidney Magal. Diversas outras tramas se cruzam e complementam o enredo.
O lançamento de “O meu sangue ferve” será no próximo dia 31/5, terça-feira, às 19h, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro do Rio, com entrada franca.
"O enfoque das histórias pode estar relacionado à vida de muitas pessoas. o que quero dizer com o livro é que as pessoas não devem deixar de viver como gostariam, por medo de contrariar o que é considerado como senso comum. Todos têm o direito de serem felizes com suas escolhas", afirma Roberto Blattes.
“O meu sangue ferve” será lançado pela Editora Verve. O presidente do Clube da Letra e produtor cultural, Marcelo Aouila, comenta o livro:“Até que ponto somos capazes de passar por cima das convicções e adestramentos sociais que vivemos desde a infância para encarar o desafio de viver uma paixão proibida? Quando sobe o calor, o coração bate mais forte, as veias parecem que vão explodir, não há nada a fazer se não mergulhar de cabeça nesta paix&ati lde;o ou passar o resto da vida se arrependendo de não ter encarado o desafio”.
O romance descortina revela detalhes curiosos de seus personagens. Na mesma cidade de Santa Maria, em épocas distintas, uma judia polaca que parte da Europa para a América do Sul e acaba em um prostíbulo, se apaixona por um cliente. Tem ainda o drama de um seminarista que, ao ter um contato mais próximo com um padre professor, descobre a sua falta de vocação para o sacerdócio, além da história do dono de um sebo que vende clandestinamente livros proibidos pela ditadura militar. Durante a trama, todas essas histórias se entrelaçam e se transformam. Mas o que faz deste segundo romance de Roberto Blattes um livro encantador não são somente as histórias que ele conta e, sim, o modo como as personagens atuam.
Com delicadeza e até certa ternura, nota-se uma evasão para um pensamento contido num detalhe do ambiente, numa música ou mesmo na suprema grandeza de um silêncio. Desse modo, as histórias vão oscilando entre os fatos e as pulsações interiores provocadas por eles, revelando, assim, a densidade psicológica que existe por trás de situações aparentemente simples da vida de cada personagem.
Foto: Luiz Oliveira |
Roberto Blattes da Rocha é de Santa Maria, no Rio Grande do Sul e mora no Rio de Janeiro. Filho dos anos 60 cresceu abençoado por intensos invernos santamarienses.
Do interior, trouxe percepções aguçadas, rabiscos e histórias que formaram este seu segundo livro. Jornalista e publicitário, profissionalmente já atuou como Assessor de Comunicação no SESC Rio e na Secretaria Municipal de Cultura do Rio do Janeiro.
Atualmente é Gerente de Comunicação e Imprensa da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 2014 publicou seu primeiro livro Lorenza, A Magnífica – A Rainha de Duas Cabeças (Ed. Multifico).
Serviço
Lançamento do livro “O meu sangue ferve”
Dia 31/5/2016
19h
Local - Centro Cultural da Justiça Federal - Av. Rio Branco 241, Centro do Rio
Entrada franca
Informações/imprensa:
Paulo Gramado
Contato – 21-97947-7777
pgramado@bol.com.br
pgramado@gmail.com