Começou no dia 18/04, nos serviços de saúde do município de São Paulo e da Grande São Paulo, a vacinação contra a influenza para pessoas vivendo com HIV/aids, mulheres que tiveram bebês nos últimos 45 dias, populações privadas de liberdade e com outras doenças crônicas.
O CRT (Centro de Treinamento e Referência em DST-Aids-SP) recomenda a todos os pacientes que tomem a vacina. “É um direito seu. Proteja-se!”, incentiva Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.
“Na ausência da vacina, se uma pessoa com HIV contrair o vírus da influenza, ela poderá apresentar uma evolução desfavorável, uma vez que seu sistema imune se encontra comprometido pelo HIV”, observa a infectologista Simone Queiroz, do CRT.
A coordenadora de imunização do município de São Paulo, Maria Lígia Nerger, explica que, para todos os grupos prioritários, a vacina é uma eficaz aliada na redução de riscos de complicações causadas pelo H1N1. “Nas pessoas com HIV, a gripe pode evoluir rapidamente para uma pneumonia viral ou bacteriana muito grave”, diz a coordenadora.
A partir do dia 30 de abril, pessoas vivendo com HIV de todo estado poderão ser vacinadas, conforme a campanha do Ministério da Saúde.
Este ano, a vacina influenza (fragmentada e inativada) a ser utilizada é trivalente (H1N1, H2N3 e influenza B), produzidas a partir de vírus inativados e fragmentados, o que significa que contém somente vírus mortos e, portanto, não podem causar a doença. A detecção de anticorpos protetores é detectado entre 2 a 3 semanas. Sua validade é de cerca de um ano.
O calendário de vacinação na cidade de São Paulo segue a ordem de grupos prioritários, como foi no ano passado. Antecipada, a campanha começou no dia 11/04, com idosos, indígenas, gestantes, crianças de seis meses a menores que cinco anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o objetivo é reduzir os casos de complicações e óbitos causados pela doença no público-alvo, que representa aproximadamente 3,2 milhões de pessoas.
Todas as unidades de saúde da cidade contam com a vacina para os grupos prioritários. Segundo Maria Lígia, as pessoas que se encaixam nesses grupos devem apresentar algum comprovante, como uma guia ou uma receita médica. “Já os soropositivos contam também com a opção de serem imunizados nas unidades e centros especializados com sala de vacinação. Os usuários podem procurar essas unidades, mas ele pode ser imunizado em qualquer unidade de saúde, basta levar o comprovante”, afirma Maria Lígia.
A síndrome se caracteriza por febre, tosse e desconforto respiratório. “A vacina é o principal meio de prevenção, mas ações rotineiras como lavar as mãos com frequência; cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir, com um lenço descartável, na falta do lenço, usar o antebraço; manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas, sempre que possível; e não tomar medicação sem a orientação de um médico são medidas simples que ajudam na proteção”, explica a coordenadora municipal.
Segundo a SMS, a vacina, além de proteger contra a gripe, reduz o risco de complicações respiratórias e pneumonia. São necessárias duas semanas para início da proteção. Adultos, inclusive gestantes, devem tomar uma dose. Ao receberem a vacina pela primeira vez, crianças de 6 meses a menos de 5 anos devem receber duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.
Até o momento, foram registrados 444 casos de síndrome aguda respiratória grave por influenza A (H1N1) em todo o Brasil, sendo 71 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde. O maior número de casos foi registrado em São Paulo, com 55 óbitos. No ano passado inteiro, foram 36 mortes por H1N1 no país, noticiou a EBC.
Na rede pública as vacinas são trivalentes e protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B. Na rede privada, estão disponíveis também as vacinas quadrivalentes, com cepas para um outro tipo de gripe b, que circula nos Estados Unidos.
No restante do país, a campanha contra e influenza começa no dia 30 de abril e vai até o dia 20 de maio.
Serviço
Na rede pública de saúde a vacina é gratuita e estará disponível em todas as unidades básicas de saúde
São Paulo: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h
Nas UBS/AMAs Integradas a vacinação se estenderá aos sábados, no mesmo horário.
A relação dos postos pode ser consultada pelo telefone 156 ou clicando aqui
Fonte: Agência de Notícias da Aids com informações da EBC e do CRT
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