O projeto “Não-cisismo no esporte” nasceu de uma vontade de combater a homofobia no meio esportivo. A fotógrafa Julia Muller, 18 anos, trabalhou por 1 ano e alguns meses em uma redação de esporte e, desde então, alimentou essa ideia. Como uma jornalista mulher, já sofria o preconceito de gênero na pele, imagina um gay? Uma travesti? Uma Drag Queen?

CURTA O EM NEON NO FACEBOOK

Pensando nisso, Julia convidou três Drags para posarem para ela como atletas de modalidades conhecidas no Brasil: uma skatista, uma jogadora de futebol e uma lutadora.

“Minha intenção era provocar o incomodo, o estranhamento e até mesmo a discriminação daqueles que encarassem as fotos para, em seguida, desconstruir todos esses sentimentos com imagens alegres e representativas”, conta a fotógrafa. Tudo isso, claro, sem precisar desmontar a personagem de cada uma das modelos Dindry Buck, Sissi Girl e Duda Dello Russo: “todas foram 'montadas' como normalmente se caracterizam, cheias de brilhos, salto altos e maquiagens chamativas”, explica Julia. “Elas só juntaram alguns elementos dos respectivos esportes às personagens - no caso da lutadora, a luva, da skatista, o skate, e da jogadora, a bola - e pronto, o resultado ficou maravilhoso”, diz Muller com orgulho sobre seu trabalho.

E antes de finalizar ela comentou que o nome do projeto é uma negativa do cisismo (gênero dominante na esfera social) dentro do esporte; ele também é uma brincadeira com o narcisismo tão presente neste meio.

Confira algumas fotos: